“WHATS au-au-au APP”

“Em tempos pós-modernos quando a tecnologia dita, reverbera, subverte padrões, regras e comportamentos socioculturais sem limitações de tempo, velocidade, distância e lugar, vale a pena incorporar às reflexões do nosso dia a dia a profética frase do escritor e poeta lusitano José Gomes Ferreira (*1900/+1985): ‘É proibida a entrada a…

Lava jato de operário

Por Carlos Trigueiro Ignácio despertou com a musiquinha do celular, foi ao banheiro, lavou-se, escovou os dentes, tapeou a barba, penteou-se, vestiu-se, calçou o tênis sem marca visível, apetrechou a parafernália de usos, abusos e costumes na mochila linchada, aliás, surrada. Na mochila: marmita lavada e vazia, garrafa térmica com…

Aperitivo da Palavra I

Um ultraje contra o Brasil, esse país de gente honesta Por Sérgio Tavares ‘Mierdamorfose’ (7 Letras/172 pgs.), de Carlos Trigueiro, é um acinte. Uma bazófia, o apregoamento doidivanas de um despropério num país, que é de senso comum, foi instituído o politicamente correto, a caretice, o bon ton. Como pode um…

Olhos

Por Carlos Trigueiro Tentaremos alternar nossa crônica sobre “Olhos” “com um olho no padre e outro na moça, digo, na missa”, ou seja, alternando o sério com o burlesco, pois todo mundo sabe que o olho é o órgão da visão, apresenta-se em par, um em cada órbita, e ainda…

Memória

Por Carlos Trigueiro Pois é: “Recordo-me daquilo que não queria recordar: e não posso esquecer aquilo que queria.” (Cícero, 106 a.C. / 43 a.C.).  “Memória” é enigma mais antigo e cismático do que supõe a vã filosofia. Sem entrar na área da memória artificial de computadores, celulares e afins, ou…

A Babel de um idioma só

O Windows está iniciando, o que você quer fazer? Ser reeleito pela cesta básica ou pela sexta vez? Carlos Trigueiro, do Rio de Janeiro-RJ. Naquele tempo, os parlamentares brasileiros eram indiferentes às fronteiras do bem e do mal. Porém, um dia, a ira celeste lhes infligiu assombroso castigo inspirado na…

Bilhetes sem fronteiras – Carlos Trigueiro

(Escritor Carlos Trigueiro) Nos confins paraibanos, rumos de Coitezeiras, Francisco, meu avô paterno, músico, encantou um bilhete no sopro do clarinete. A mensagem soprada varreu léguas, marcos, fronteiras e chegou a Parnamirim, terra potiguar, onde vivia Maroca, minha futura avó.  Maroca, com os olhos da cor do céu, desencantou o bilhete musicado…

MOCHILAS FABULOSAS

- Nesses tempos pós-modernos em que os objetos enxergam, detectam, espionam, memorizam, calculam, filmam, tocam, sentem, reproduzem e falam o que bem entendem sem limitações de lugar, distância, fuso horário ou emoções, ocorreu o seguinte diálogo: Mochila Surrada: “Nossa, que cara feia, aconteceu alguma coisa?” Mochila Nova: “Não aguento mais…

Meus fantasmas de escritor

outubro 1, 2012 at 1:41 am Add a comment! Meus fantasmas de escritor Ernesto Sábato (1911/2011) em “O Escritor e seus fantasmas” (Companhia das Letras, tradução de Pedro Maia Soares, 2003)reúne reflexões antológicas sobre o seu destino de escritor. Fez de “Por que, como e para que se escrevem ficções?”…